“Vaquinha Zezé” é a 1ª colocada na Gincana da Reciclagem

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04 de junho de 2012

As alunas do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Antares, orientadas pelo Sr. José Luiz (funcionário do Colégio Antares), aceitaram o convite/desafio da Prefeitura de Americana (Secretaria de Meio Ambiente) para criar uma obra de arte utilizando a escultura como linguagem.

A obra tem por objetivo promover a conscientização de alunos e comunidade escolar sobre o reaproveitamento de materiais passíveis de reciclagem, além de ser parte de um concurso – Gincana da Reciclagem, no qual a “Vaquinha Zezé” escultura criada por elas foi a 1ª colocada, trazendo como prêmio uma TV de 42” para o Colégio.

Participaram do evento:

Alunas: Amanda Cristina Tassi, Carolina Sgarzi Oliveira, Gabriela Naves Montrasio, Gabriela Thomaz, Isabela Gonçalves Pavan, Júlia Bertié Silvestrini

Orientação: Profª Nanci Martinelli Boldrini

Assessora pedagógica: Giovana Tolesani Camargo

Auxiliar geral do Colégio: José Luiz de Oliveira

 

Descrição da obra

A ‘Vaquinha Zezé’ foi montada com retalhos de madeiras, garrafas PET, pregos e caixas de leite longa vida de várias marcas.

O Sr. José Luiz, montou o ‘esqueleto’ do animal com restos de madeira que estavam acumulados e m sua oficina de trabalho. Por esta contribuição substancial, as alunas nomearam a obra de ‘Vaquinha Zezé’.

Os colegas do Colégio Antares colaboraram para a coleta de caixas vazias de leite. Todo o material foi higienizado, cortado e utilizado para cobrir o ‘esqueleto’ de madeira.

O trabalho de colagem, modelagem da vaquinha foi realizado pelo grupo de alunas do 9º ano, que voluntariamente vieram até o Colégio no período da tarde, durante aproximadamente 10 dias.

O resultado não poderia ser mais empolgante: uma vaca com pelagem de embalagens de leite longa vida medindo 1,60m de altura e 1,90 m de comprimento, que acompanha dois acessórios: banquinho e balde para ordenha. A ideia do balde e banquinho contempla a proposição de arte contemporânea, quando a arte convida o espectador passivo a se tornar participante e interagir com a obra exposta.

 

Exposição

O trabalho foi exposto na Praça Comendador Muller (centro de Americana) no dia 02 de junho de 2012, por ocasião da abertura da Semana do Meio Ambiente.

No momento, a “Vaquinha Zezé” está exposta no pátio da escola como incentivo para a criação de esculturas de menor porte, a partir de material reciclável, por grupos de alunos de várias séries/anos.

 

Processo de construção do trabalho

- Montagem da parte interna de madeira

O Sr. José Luiz recebeu um esboço do corpo da vaca para ser montado em sua oficina. Contemplando o tema de utilizar material reciclável, ele aproveitou restos de madeira que estavam acumulados na oficina do colégio para contribuir na montagem da escultura.

- Colagem das caixas de leite

O grupo de alunas fez uma campanha na escola para recolher as caixas de leite que foram higienizadas, cortadas e coladas sobre a armação de madeira, dando forma e pelagem à Vaquinha Zezé.

 

- Texto sobre o conceito da obra de arte

A criação da “Vaquinha Zezé” aponta a proposição “antiarte” do artista Hélio Oiticica, na década de 60. Em um de seus inúmeros textos sobre seu processo criativo e suas proposições conceituais, ele defendia o sentido de “apropriação” às coisas do mundo com as quais se depara nas ruas, nos terrenos baldios, nos campos, no mundo ambiente. O artista defendia que os espectadores passivos de uma obra de arte poderiam se transformar em participantes, que ao interagirem com os objetos do cotidiano, estariam adicionando suas vivências às coisas que poderiam se transformar em experiência artística.

A partir da produção e das proposições de Hélio Oiticica, a falta de limite entre arte e vida estende-se com muita força para as décadas seguintes e reverbera ainda hoje no contexto da arte contemporânea. O trânsito entre arte e vida assume hoje um sentido político mais voltado para a questão da sustentabilidade do que para a transformação social. Ou melhor, a transformação social não é mais vista como um fenômeno apenas socioeconômico, mas também ambiental, onde a vida torna-se uma complexa interação de ações e reações entre homem e meio ambiente.

Havendo pouca discriminação entre vida e arte, torna-se difícil circunscrever o que se ensina e o que se aprende sobre arte no contexto educacional, em especial no ensino de arte escolar, uma vez que não mais se ensina apenas conteúdos factuais e conceituais, mas procura-se desenvolver um rol de competências e habilidades que permitam que crianças e jovens interajam criativa e produtivamente com um mundo tecnológico, sustentável e competitivo, em prol de relacionar a aprendizagem com as necessidades da vida. Nesse sentido, as proposições de Oiticica subsidiam ações como a criação da ‘Vaquinha Zezé’ pelas alunas do 9º ano do Colégio Antares, mostrando novos rumos que a educação toma nos dias de hoje.

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