A opção de Ser (des)Humano

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08 de abril de 2011

   "Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor." (Paulo Freire)

   07/04/2011 – os noticiários invadem nossos lares e informam: “tragédia em Escola do Rio de Janeiro – ex-aluno mata 12 e fere vários”.

   Inevitavelmente, os brasileiros e o mundo estão perplexos!

   Alguns especialistas em criminologia, psicologia, sociologia atribuem o surto causado por fanatismo religioso ou bullying sofrido na adolescência. Vingança? Não sabemos. Podemos afirmar apenas que vivemos um período em que as pessoas se preocupam com aquilo que é aparente e superficial sem atribuir importância ao que de fato interessa: o verdadeiramente humano que cada ser humano deve alimentar.

   Enquanto isso, se alimentam de futilidades e esquecem de se preocupar com aquilo que é fundamental: ouvir o outro, entendê-lo enquanto gente e perceber que as diferenças é que fazem o movimento do universo – ideias, pensamentos, busca incessante pela compreensão de si e do outro.

   Como compreender uma tragédia sem precedentes que acontece com crianças e jovens no ambiente escolar que diz não à discriminação, à vingança, ao preconceito, à impunidade, à intolerância, entre outros?

   Qual o sentimento que nos abate nesse momento? Tristeza? Indignação? Revolta? Decepção? Ou o desejo de olhar para nós mesmos e rever nossa condição humana?
Há justificativa para tal barbárie?

   Pela lógica da existência humana, acreditamos que não, pois crianças indefesas se retiram da vida sem conhecer o motivo. É possível então justificar tamanho ato de violência?

   Cabe aqui uma afirmação nesse entrelaçamento de sentimentos: respeitar é a palavra de ordem, olhar para o outro com compreensão, estar junto, independente da aparência, cuidar dos relacionamentos, viver cada vez melhor no sentido mais humano que existe em nós. Só assim conseguiremos, talvez, um mundo ou, pelo menos, uma comunidade menos desumana e menos vingativa com mais amorosidade.

   “Se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção.” (Paulo Freire)


Adriana Maria S. Vaz de Aguiar
Coordenadora Pedagógica – EF II

Ana Maria da Silva Fortes Aguiar
Diretora Pedagógica

Colégio Antares
 

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