28 de agosto de 2015
Trânsito na Escola
Uma campanha realizada pelos sétimos anos do Colégio Antares.
Seja exemplo, não pare em fila dupla.
Estacione no lugar correto.
Crônica realizada pelos alunos Giovanni Scurzoni Paro e Pedro Luchiari de Carvalho, 7º ano C; professora Noemy R. C. Lahr
Rua Itambé
Hoje em dia, ninguém mais tem respeito no trânsito. Tem mais carro do que gente e a preferência é do motorista.
Pensem, porém, em como é o trânsito nas escolas. Na minha, nos horários de entrada e saída dos alunos, a rua lateral a esta se torna um caos. Ai de quem quiser usar aquela rua para ir para casa no almoço... Terá que comer uma marmita no carro. Foi o que aconteceu comigo semana passada.
Outro problema são as faixas de pedestres, ninguém as respeita e estão até perdendo a importância. Paulinho, um pequeno menino, ficou popular na escola toda por ser o único a conseguir atravessar aquela rua. Mesma sorte não teve Andréia que, ao tentar fazer tal milagre, foi atropelada e faleceu.
Aquilo foi a gota d’água para a escola, que entrou em processo contra o carro e já contratou o exército para melhorar o trânsito, mas nenhum tanque de guerra é páreo para todo aquele alvoroço. Outra providência foi tomada por alunos mais extrovertidos: construíram uma tirolesa que liga os dois lados da rua.
São tantos pais usando carros para demonstrar poder que o colégio tirou os sinais das aulas; quando as buzinas começam a tocar é hora de sair. O engraçado é que é uma escola tão boa, que se imagina que os pais dão uma ótima educação aos filhos, e eles próprios são contraditórios. Buzinam mesmo quando estão errados, xingam quando lhes buzinam; metem a boca no governo e muitas vezes não fazem a própria parte de respeitar. Se quisermos um trânsito melhor, assim como todas as outras coisas, exército nenhum ajudará. A chave é a educação no trânsito – que as pessoas desrespeitam tanto - e na vida, e isso está em nossas mãos; ou tudo vai ficar como a rua da minha escola.